Se você acha que as sociedades humanas são complexa e organizadas, talvez seja hora de olhar para os formigueiros. Temos muito o que aprender com eles.
Do outro lado do mundo, na Austrália, há uma formiga que também se destaca pelas capacidades guerreiras. É a buldogue-australiana, que tem um ferrão de meio centímetro e salta até 30 centímetros.
Já as formigas argentinas adotam uma tática menos ortodoxa de defesa. Em vez de picar as inimigas, exalam ácido fórmico pelo ânus, produzindo um odor tão horrível que afasta qualquer adversário.
Mas, embora sejam boas de briga - todas estão dispostas a morrer, se for preciso, para defender a rainha -, as formigas sabem também a hora de fugir. Quando a família cresce demais, a comida acaba na região, alguma bactéria indesejada contamina o formigueiro, ou rivais mais fortes ou mais numerosas tomam posse da vizinhança, é hora de arrumar as malas e mudar de casa.
As soldadas comunicam a rainha, procuram um novo lugar debaixo da terra e organizam a mudança e o transporte do estoque de comida. As adultas carregam as pequenas nas costas e, com muito cuidado, levam a rainha e as larvas quando a nova casa já está segura.
Uma espécie que entende de mudanças é a mexicana correição, que não tem olhos. Apesar da cegueira, elas são estrategistas incríveis - uma sabe onde a outra está apenas pelo cheiro.
formiga argentina
Como num arrastão carioca, se dividem com precisão geométrica, varrendo o terreno sem deixar um milímetro descoberto. No caminho, vão devorando tudo o que encontram. Quando cansam, fazem uma roda e colocam a rainha e as larvas no centro. Depois sobem umas nas outras entrelaçando as pernas e formam um globo para protegê-las de ameaças aladas. Quando desmontam o acampamento, escolhem outra direção e dão prosseguimento à vida nômade. Tudo isso sem ninguém para dar as ordens.
Pois é. Temos muito o que aprender com as formigas, não só no que se refere ao trabalho em equipe, mas também em termos de técnicas agrícolas, distribuição da comida, sistema político e cuidados ambientais. Quem sabe, com a ajuda delas, não possamos nos tornar mais civilizados?
Fonte: Revista Super Interessante
bjs,soninha
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