*Infelizmente o abandono de animais ainda acontece, e é no final de ano que esse número aumenta. Enquanto as ‘pessoas’ não se conscientizarem que os animais não são descartáveis, isso ainda ocorrerá… Mas como diz o ditado: “A esperança é a última que morre”; vamos acreditar que o mundo pode melhorar e as ‘pessoas’ também.
Além do trauma psicológico, muitos dos animais largados na estrada são atropelados e não sobrevivem
O carro para na rodovia. De dentro, alguém tira um cachorro e o joga no asfalto. A porta fecha. O carro parte para o Litoral. O animal fica. Esta não é uma cena incomum nas rodovias gaúchas. Mas quando começa a época de veraneio, o que se vê, segundo ONGs e órgãos de proteção animal, é um grande aumento no número de cães e gatos abandonados pelos seus donos. E não é só em estradas: nas cidades, as áreas verdes servem de local preferencial para descartar os bichinhos.
— As pessoas vão para a praia e não querem mais seus animais — lamenta a coordenadora de Medicina Veterinária da Secretaria Especial dos Direitos Animais (Seda), Márcia Gemerasca.
O órgão da prefeitura de Porto Alegre está trabalhando em parceria com a Concepa desde o ano passado em uma campanha para diminuir o abandono nas rodovias. E o problema não é apenas o trauma psicológico: muitos dos animais largados na estrada são atropelados.
— Dá para notar quando são cachorros de casa. Eles não têm aquela esperteza do cão de rua. São esses que acabam morrendo — explica a gerente de comunicação e responsabilidade social da Concepa, Rosélia Araújo Vianna.
Vira-latas são os mais abandonados, às vezes após as festas de fim de ano
Animais sem raça definida (vira-latas) são os mais descartados, mas, nesta época, até exemplares caros de raça são largados na rua à própria sorte. Daniela Rios, do projeto Mural dos Bichos, conta que outra situação comum é o abandono ocorrer após os animais serem presenteados a crianças no Natal:
— Essas crianças, lógico, não podem assumir a responsabilidade de cuidá-los, então, passado um período, os pais os abandonam e dizem para o filho que os bichinhos “fugiram”.
Há pessoas que não cuidam da forma que deveriam. Márcia comenta os muitos casos atendidos pela Seda de gente denunciando vizinhos que viajaram e deixaram o animal trancado em casa. Essas pessoas podem ser enquadradas na lei de maus-tratos. Márcia também apela à consciência das pessoas, para que não adotem ou comprem por impulso lindos filhotes que às vezes se tornam adultos indesejados:
— Antes de pegar um animal, a pessoa tem de ter noção de que ele é para toda a vida. Não é um objeto.
Hotéis e babás são alternativas válidas
Se nenhum amigo ou parente está disposto a cuidar bem do bichinho de estimação na ausência do dono, há pelo menos duas alternativas para resolver esse problema sem abandonar o animal.
A fisioterapeuta Rosiani Müller, 40 anos, representa uma delas. Nas horas vagas, é uma espécie de babá de animais — uma pet sitter. Ao ser contratada, ela visita a casa do viajante diariamente para cuidar do bicho.
beijinhos de luz...
2 comentários:
Isto é um verdadeiro absurdo. Falta de amor.
Feliz 2013, minha querida!
Abração.
Olá Soninha, que 2013 você tenha muita alegria, paz, saúde e muita luz!!
Com carinho
Pedro e Amara
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