No hospital Sta Casa de Lorena, SP, uma professora de 44 anos está internada desde julho 2010, com inflamação no cérebro (Cliptococose), meningite aguda e infecção pulmonar grave (Histoplasmose), vivendo um tratamento doloroso, pelo SUS, de alto custo.
Adoeceu ao varrer fezes de pombos de seu quintal; aspirou o pó que impregnou o ar. Outra mulher morreu, recentemente, contaminada pelo fungo do tipo Histoplasma Capsulatum que afetou gravemente seus pulmões, criando um imenso abscesso pulmonar (bolsa cheia de pus). Foi tratada com antifungos e antibióticos, não resistiu e faleceu. Ela também ficou doente, devido a fezes de pombos de seu telhado. A chácara onde vivia tinha canalização recente de água da chuva dos telhados para uma caixa d´água, de onde a água era utilizada para molhar plantas e legumes da sua chácara.
Dias depois que começou a utilizar essa água, caiu doente.
Casos como esses têm ocorrido e não são divulgados para alertar as pessoas do risco que correm de morrer por infecções graves causadas pela aspiração do pó ao se varrer as fezes dos pombos.
Quantas pessoas correm riscos diários de morte ao varrerem o pó das fezes dos pombos em escolas, jardins públicos, quarteis e outros lugares onde são encontrados pombos? E quantos utilizam água contaminada por fezes de pombos para molharem as hortaliças e legumes de seus pomares?
Basta indagar nos Laboratórios de Análises Clínicas e se constatará que a situação é muito grave, com um número elevado de pessoas doentes devido ao pó das fezes dos pombos, sempre vistos como aves bonitas, como símbolo da paz… dois pombos, como símbolos do amor. No entanto, três ou mais pombos significam um risco muito grande para a saúde das pessoas, e com risco de morte!
O pombo doméstico, Columba livia, é uma ave originária da Europa. Na Inglaterra são chamados de “ratos voadores” pelo perigo que causam à saúde dos humanos. Os pombos soltos na natureza viviam, antes, nos campos, mantidos sob controle pelos seus predadores naturais, a coruja e o gavião, mas de uns tempos para cá eles preferiram viver nas cidades, encontrando sempre lugares para seus ninhos (em telhados de casas, de igrejas, de mercados, de quarteis, de prédios velhos etc), para se reproduzirem e se alimentarem; lugares onde não encontram seus predadores naturais e assim, podem se proliferar à vontade, sem controle.
O pior é que muitas pessoas alimentam os pombos em seus quintais ou nas praças públicas, por achá-los belos e pensam que estão ajudando a cuidar do meio ambiente, sem saber do risco enorme que correm, e seus filhos, ao lidarem com os pombos, suas penas, com piolhos, carrapatos e percevejos e, em especial, o risco de suas fezes, como nos casos citados.
Podem causar pneumonias fatais, rinites crônicas e outras doenças graves, afetando o cérebro, com meningite aguda, e danificar os pulmões.
Dermatites são provocadas pela presença de ectoparasitas (ácaros) na pele, provenientes das aves ou de seus ninhos.
Os piolhos e as penas, além de incomodarem, causam sérias alergias.
O que fazer para evitar as doenças causadas pelos pombos?
Parar de alimentá-los. Não deixar restos de comida no chão. Não deixar os pombos fazer ninhos em seus telhados ou prédios. Ao varrer as fezes dos pombos de quintais, molhar o chão e proteger o nariz e a boca com lenços ou panos úmidos e manter quaisquer alimentos em lugares fechados, longe deles..
O Conselho Municipal do Meio Ambiente deve ser acionado, assim como o Ministério Público (que tem, dentre suas obrigações, a de atuar na proteção do meio ambiente.
Apesar dos graves riscos à saúde das pessoas, não se vêem campanhas, alertando a população, seja no âmbito municipal, estadual ou federal.
Autor: Antonio Andrade
Fonte: Site Artigos.com
Adaptação: Revista Veterinária
Nenhum comentário:
Postar um comentário