Plano para salvar morcegos

 

Em 17 de maio o U.S. Fish and Wildlife Service, lançou um plano de ação nacional para combater a síndrome do nariz branco (WNS, na sigla em inglês), que está destruindo populações inteiras de morcegos. O fungo que causa a WNS já se espalhou por dezoito estados americanos e quatro províncias do Canadá, matando milhões de morcegos desde que foi descoberto em 2006. O novo plano inclui metas para pesquisas com fungo, faixa de propagação e conservação de espécies de morcegos afetados.

É o plano perfeito? Provavelmente não. Em comunicado, o Center for Biological Diversity\\'s Mollie Matteson chamou o plano de vago e disse que não é suficiente para corresponder à escala do desastre da vida selvagem.

Mas pelo menos é um começo.

Síndrome do nariz branco (WNS, conhecido pela sigla do inglês) e o desenvolvimento crescente das instalações de energia eólica estão a ameaçar as populações de morcegos insetívoros na América do Norte. Os morcegos são predadores vorazes de insetos noturnos, incluindo muitas culturas e pragas florestais.A perda de morcegos na América do Norte pode levar a perdas agrícolas estimadas em mais de 3,7 bilhões dólares / ano. Esforços urgentes são necessárias para educar o público e os políticos sobre a importância ecológica e econômica de morcegos insetívoros e para fornecer soluções práticas de conservação.

Em inglês WNS, é uma doença atual e que está afetando os morcegos. Afetando os morcegos também afeta, por tabela, aos homens. No momento nã há solução para esta síndrome que estádesde 2006 sendo observada, no Estado de Nova Iorque, próximo a Albany, nas cavernas Howe, matando milhares destes mamíferos. Já foram contados mais de 100.000 mortes e em algumas colonias ocorreu a mortalidade em 100% deles. Passou para o norte até New Hampshire e Vermont e para o sul até a Virgínia. No total, pelo menos 1 milhão de morcegos, de 6 espécies já morreu em toda essa área.

E aparentemente parece ser inofenciva para o homem e outros mamíferos e ela também ainda não passou para outro continente. Esta doença é caracterizada pelo aparecimento de um fungo branco semelhante a um pó branco que aparece em volta do nariz e da boca. Em outubro de 2008 Blehert e colegas, isolaram uma espécie de fungo, até então desconhecida e o batizaram de Geomyces destructans, que cresce tanto mais quanto menores forem as temperaturas.

“Quando os morcegos estão hibernando, a temperatura deles é mantida igual a das grutas”. E isso torna-os suscetíveis à infecção para este tipo de fungo, eles podem ser apenas um invasor oportunista que se aproveitou de outra infecção. Este fungo se desenvolve entre 2° e 22° C, relativamente fria para fungos, a temperatura das cavernas, e não se abe se eles já existiam nesses locais ou se foram levados para dentro por outros animais ou pelo vento ou mesmo pelos homens.

Os morcegos são animais de grande valor para o equilíbrio ecológico e para o controle de insetos, em especial os mosquitos, polinização de plantas e distribuição de sementes. Com esta doença pode haver a ameaça de algumas espécies, como a conhecida Indiana que tem situação ruim e pode piorar por ter sua condição de espécie ameaçada de extinção.

nfelizmente, esta síndrome muda os hábitos dos quirópteros, deixando-os desorientados, pertubando seu sono, hábitos alimentares e fazendo-os voar no período em que deveriam estar hibernando. Com tudo isso, não são só os morcegos que sofrem; sofre também toda a natureza, pois mesmo com toda a tentativa de salvá-los, está se tentando de tudo: desde pesquisas até vacinas, há ainda a ameaça de maior uso de inseticidas para as plantações, doenças serem espalhadas para a natureza e de certas plantas deixarem de ser polinizadas ou mesmo de nascerem.

Estão se fazendo esforços, para salvar os morcegos e eliminar este fungo, até mesmo o fechamento de cavernas à visitação, para que estudos solucionem rápido este problemão; mas se ele se disseminar por simples contato entre os morcegos, nada adiantará para salvá-los, exceto eliminar todos os infectados, como medida extrema, para salvar tantos outros ainda não contaminados.

Fonte:Scientific American Brasil, ano 8, nº 88, setembro de 2009, Ed. Duetto; G1.globo.com; Revista Meio Ambiente.com.br; Geonauta.net; Notícias.terra.com.br.(Maria Célia Amorim)

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