outubro 01, 2011

Akita Inu



O Akita ou Akita Inu é uma raça de cães originária do Japão. O nome foi dado em relação à província de Akita, de onde a raça é considerada originária. "Inu" significa cão em japonês, e muitas vezes o animal é referido como "Akita-ken" (um trocadilho, pois a palavra "província" é pronunciada "ken" em japonês)



Aparência

Os cães da raça possuem uma aparência de lobo, sendo fêmeas mais baixas, e os machos maiores. O peso varia entre 34 e 50 kg, e a altura na cernelha deve ser entre 64 e 70 cm para os machos, e 58 e 64 cm para as fêmeas.

Seu aspecto geral é imponente, robusto e nobre, devendo ser bem proporcionado. O focinho é potente e afilado, mas jamais pontudo, com cana nasal reta e curta. Dentes fortes, com mordedura em tesoura, nunca prognatas. Os olhos são levemente pequenos e triangulares, fazendo ângulo ligeiramente voltado para cima. As orelhas são pequenas e grossas, triangulares, ligeiramente arrendondadas na extremidade, inseridas moderadamente separadas e inclinadas para frente. A cauda é grossa e forte, com seu comprimento chegando até o jarrete, mas deve portar-se enrolada sobre o dorso.

Sua pelagem é dupla, sendo o pêlo de cima duro e reto e o subpêlo macio e denso, o que lhe dá aparência de um bichinho de pelúcia. Como possui subpêlo, há uma intensa muda (troca de pêlo) em algumas épocas do ano, devendo ser muito bem escovado para manter seu belo aspecto e eliminar os pêlos mortos. Suas cores podem ser vermelho-fulvo, sésamo (pêlos vermelhos com as pontas pretas) tigrado e branco. Os exemplares de todas as cores, exceto a branca, devem apresentar o "URAJIRO" (pelagem esbranquiçada nas laterais do focinho, nas bochechas, sob o queixo, pescoço e ventre, na face inferior da cauda e face interna do membros).

Temperamento

Protetor, prudente, afetuoso e corajoso. Diante de brincadeiras insistentes ou bruscas, os cães da raça costumam se afastar e se recolher em um de seus locais favoritos, mas se o incomoda persistir, eles podem rosnar em sinal de advertência. Late pouco, nunca late desnecessariamente, uiva geralmente se precisa de algo e é muito seguro de si.

É possessivo com seu território e com seus donos, o que faz desta raça excelente guardiã, tanto de propriedades quanto pessoal. Na guarda, seu comportamento não é ostensivo, como pode-se observar nos Dobermanns, mas costuma manter-se em um local que ofereça boa visibilidade, deslocando-se apenas se achar necessário.

É muito preocupado e apegado ao dono, sendo considerado "cão de um dono só" (o que não quer dizer que não possa ser adotado já crescido), mas sofre muito quando abandonado e ,às vezes, não consegue se adaptar aos novos donos. Entretanto, uma vez conquistado será um excelente guardião e companheiro por toda a vida.

Precisa de ensinamento para corresponder ao controle normal pelo chamado do dono. De acordo com o livro A Inteligência dos Cães, de Stanley Coren, o Akita encontra-se na 54ª posição entre as 79 pesquisadas. Seus resultados podem ser explicados pela dificuldade "natural" que tem de aceitar ordens de estranhos. Por isso, recomenda-se que desde cedo o próprio dono invista algumas horas na educação de seu cão.



Utilização

Originalmente, no Japão, era empregado em rinhas, o que quase extinguiu a raça. Também já foi usado na caça a grandes animais, mas hoje serve como cão de guarda, onde destaca-se devido à sua grande força e sentimento de fidelidade ao dono.




Curiosidades

A raça foi quase extinta durante a Segunda Guerra Mundial. Para recuperá-la, foi feito um intenso trabalho de seleção com os exemplares remanescentes. Paralelamente, exemplares mestiçados com Pastor Alemão e Mastins foram para a América, onde foram selecionados e a criação foi direcionada para formar uma nova raça: o Akita Americano.

Existe também uma lindíssima história (real) de pura lealdade, onde o protagonista é um Akita chamado Hachikō. Ele acompanhava seu dono todos os dias à estação ferroviária da cidade de Shibuya, no Japão, retornando no horário exato em que o trem retornava, para voltar junto com o dono para casa. Em um desses dias seu dono não retornou, pois teve um AVC e veio a falecer no local onde trabalhava.





Estátua de Hachiko
Hachiko continuou esperando, uma espera de 9 anos e 10 meses, até que suas forças não o permitiram continuar, ele morreu a espera do dono. Hoje, no local ainda existe uma estátua de bronze em homenagem a Hachi, que se tornou símbolo de lealdade para o povo japonês. Hachi foi enterrado junto ao dono e sua espera chegou ao fim. Sua pele foi preservada e empalhada. Faz parte do acervo do museu de Ueno. Essa história é contada no filme Sempre ao seu lado, estrelado pelo ator Richard Gere.



Um show de cachorro...


Um comentário:

  1. Soninha, parabéns pelo ótimo site e obrigado pela presença lá no RS.
    Essa raça é realmente digna de atenção e belíssima.
    Eu tirei Biologia por gostar muito de animais e procuro sempre descobrir novas curiosidades e particularidades sobre eles (como esse texto, http://fantasticocenario.com.br/2011/09/11/super-sentidos-animais/
    postado no Fantástico Cenário, o outro blog onde escrevo).
    Até mais.

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