Rodeios na região de Ribeirão Preto (SP), onde são realizadas algumas das principais festas do peão do país – como a de Barretos (SP) -, estão prestes a acabar. Organizações não-governamentais (ONGs) de proteção animal prometem recorrer à Justiça para conseguir suspender as provas com argumentos semelhantes aos usados nesta quinta-feira (26), quando uma decisão da 2ª Vara Cível cancelou as montarias no Ribeirão Rodeo Music.
A liminar concedida em favor da Associação Focinhos estipulou multa diária de R$ 50 mil caso o evento utilize instrumentos que possam caracterizar maus-tratos aos animais no rodeio. O texto cita peças como cordas, pateiras, esporas, choques elétricos, laços e o sedém – instrumento que pressiona o órgão genital do animal para que ele salte.
A presidente da Associação Vida Animal (AVA), Maria Cristina Dias, disse que entrará em contato com representantes de ONGs e protetores da região para orientá-los sobre como intervir por meio de ações judiciais com esta. “Se um juiz decidiu em Ribeirão, nós temos chance de outros magistrados também interpretarem a lei da forma correta como ela é, o que é difícil em nosso país. Nós vamos conseguir proibir os maus-tratos nas arenas”, disse.
Maria Cristina afirmou ainda que pretende conversar com os vereadores para conseguir aprovar uma lei que impeça a realização dos rodeios em Ribeirão, como já acontece em Araraquara (SP). Ela disse não acreditar, entretanto, que será recebida pelos representantes do Legislativo. “Não sei o que podemos esperar da Câmara, porque o nosso problema é a cultura do agronegócio. O que dificulta aqui é o perfil da cidade e das nossas autoridades, mas vamos tentar até o fim”, afirmou.
ANDA
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