dezembro 21, 2012

Plantas tóxicas e animais domésticos: uma combinação perigosa


Conheça as principais plantas venenosas e saiba o que fazer caso o seu pet faça a ingestão de alguma delas.
O Brasil é conhecido por abrigar uma diversificada flora, ainda bastante desconhecida e que pode propiciar intoxicações vindas de plantas venenosas (muitas vezes diagnosticadas ou confundidas com doenças infecciosas). O problema ameaça cães e gatos, que podem ingeri-las, seja por disfunções digestivas, deficiências alimentares, distúrbios comportamentais ou simplesmente por puro tédio.
Caso o seu cão ou gato coma alguma delas, entre os diversos sintomas podemos identificar: agitação, sonolência, salivação intensa, vômitos, náuseas, dor abdominal, hemorragias, tremores, falta de apetite, dificuldades respiratórias, alteração do ritmo cardíaco e até óbito. 
Tudo irá depender da espécie da planta e da relação de proporção entre o peso do animal, tempo e quantidade ingerida. A suspeita de intoxicação é confirmada, muitas vezes, pela presença de restos de folhas no ambiente junto ao vômito ou fezes. Geralmente, os filhotes de cães são mais suscetíveis a comerem em razão da curiosidade e hábitos da idade. 
Segundo a pesquisadora Mitsue Haraguchi, do Instituto Biológico de São Paulo, o consumo de plantas tóxicas se deve principalmente a três fatores: palatabilidade (sabor), fome e sede, o que leva os animais a perderem a capacidade de seleção do que comem. 
Selecionamos uma lista das principais plantas venenosas e populares encontradas em jardins, quintais, parques e praças. É importante lembrar que o adubo ou inseticidas também são perigosos para os bichos. Como prevenção, recomenda-se que o dono imprima essa lista e guarde-a, caso o animal de estimação ingira alguma delas.

* Comigo-ninguém-pode: a ingestão de qualquer parte dessa planta pode causar irritação na boca, edema nos lábios, língua e palato, queimação, salivação, esofagite, dificuldade de se alimentar, cólicas abdominais, náuseas e vômito. 
* Flor das Almas: náusea, vômitos, cólica abdominal, aumento do fígado e baço, hepatite aguda ou crônica. A exposição aos princípios ativos pode provocar uma cirrose hepática.
Espirradeira: dor e queimação na boca, salivação, náuseas, vômitos intensos, cólicas abdominais, diarreia e alterações cardíacas. 
* Mamona: náuseas, vômito, cólicas abdominais e diarreia. Em casos mais graves, podem ocorrer convulsões, coma e óbito. 
* Coroa de Cristo: a seiva leitosa causa irritações na pele e na mucosa, inchaço nos lábios, boca e língua, ardor e coceira. O contato com os olhos provoca irritações e inchaço nas pálpebras. A ingestão pode causar náuseas, vômito e diarreia. 
* Copo-de-leite: inchaço nos lábios, boca e língua, náuseas, vômito, diarréia, salivação intensa, dificuldade de deglutição e asfixia. O contato com os olhos pode provocar irritação. 
* Bico-de-papagaio ou “Flor do Natal”: a seiva leitosa causa irritações na pele e na mucosas, inchaço dos lábios, boca e língua, ardor e coceira. O contato com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, inchaço das pálpebras e alteração temporária da visão. A ingestão pode causar náuseas, vômitos e diarreia. 
* Pinhão-roxo: náuseas, vômito, cólicas abdominais, dificuldade respiratória, arritmia e parada cardíaca. 
* Saia branca: boca e pele secas, taquicardia, dilatação das pupilas, agitação, alucinação e óbito. 
* Olho-de-Cabra: náuseas, vômitos intensos, cólicas abdominais e diarréia. Os distúrbios gastrointestinais podem levar a desidratações sérias seguidas por convulsões, choque e óbito.

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