agosto 23, 2013

Doença de Newcastle


A Doença de Newcastle (DNC) foi descrita pela primeira vez na Grã-Bretanha por Doyle, no ano de 1926, através de observações realizadas na cidade de Newastle. Ela é conhecida também como pseudo peste aviária, causada por um vírus pertencente à família Paramyxoviridae, gênero Rubulavirus, sorotipo APMV-1. Este agente é altamente contagioso e patogênico e afeta aves silvestres e comerciais.

Devido ao seu alto poder epidemiológico, esta enfermidade pode levar a grandes prejuízos econômicos, sendo a principal doença do Plano Nacional de Sanidade Avícola (PNSA).

O período de incubação deste vírus pode variar de 2 a 15 dias, em condições naturais, dependendo de fatores, como: a idade da ave, seu estado imunológico, o ambiente, a virulência da cepa, entre outros.

A patogenicidade deste vírus é muito variável, apresentado cinco patotipos distintos:

Velogênico Viscerotrópico: possui alta patogenicidade, levando à altos índices de mortalidade. As lesões mais comuns neste caso são intestinais e respiratórias hemorrágicas.

Velogênico Neurotrópico: são cepas altamente patogênicas que apresenta sintomas respiratórios e nervosos, levando a um índice elevado de mortalidade.

Mesogênico: esse tipo possui um baixo índice de mortalidade e, geralmente, acomete animais jovens. Apresenta sintomatologia respiratória mais branda e, certas vezes, sintomas nervosos. Causa queda na postura de ovos.

Lentogênica ou Vacinal: estas cepas são utilizadas na fabricação de vacinas. Os sintomas apresentados são infecções respiratórias brandas. Quando os valores do IPIC (índice de patogenicidade de uma cepa viral) são inferiores à 0,6 não causam a doença.

Entérica Assintomática: essa cepa ataca o intestino, levando a infecções entéricas. Também está sendo utilizada na fabricação de vacinas. 
Transmissão

A transmissão da doença pode ocorrer de ave para ave (horizontalmente), ou através do contato de produtos contaminados, sendo que as vias de eliminação do vírus são: fezes e aerossóis.
Sintomas

Os sinais clínicos apresentados são semelhantes à outras doenças infecciosas que causam sintomas digestivos e respiratórios. Os animais acometidos apresentam conjuntivite, secreções nasais, dificuldade para respirar (bico aberto), fezes de coloração esverdeada (do início ao final da doença), dificuldade de permanecerem em pé, torcicolo e paralisia.

Sendo uma doença de grande importância econômica, o diagnóstico definitivo deve sempre ser feito pelo Médico Veterinário Oficial. O Médico Veterinário da Granja desconfiando da doença encaminha o animal para o Médico Veterinário Oficial, que irá coletar material para realizar um diagnóstico laboratorial, através do isolamento do vírus. 
Tratamento

Não há tratamento. Deve ser feito um controle e prevenção da doença através da vacinação e medidas sanitárias adequadas, como: restrição do acesso de pessoas, aves e seus produtos à granja.
A Doença de Newcastle também pode ser transmitida aos seres humanos, em especial os criadores de aves e de aves que estão em contato direto com as aves de capoeira e aves domésticas. Em humanos, a manifestação mais comum da doença é visto nos olhos. Haverá conjuntivite, produzindo vermelhidão e inchaço dos olhos.

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