Quando o assunto é medo, não há diferenças entre o valente bull terrier e o frágil yorkshire: todos os cães podem desenvolver pânico por situações comuns do dia a dia. Escuro, trovões, fogos de artifício e até mesmo outros cachorros são os temores mais recorrentes, mas a verdade é que toda nova situação pode se tornar um trauma para os pets.
"Alguns animais fogem de vassouras, por exemplo, e é comum as pessoas associarem essa reação a um antigo trauma, como ter apanhado. Mas nem sempre é assim. Na verdade, o cão nunca havia sido exposto a uma situação como aquele objeto", diz a adestradora Juliana Yuri, da Cão Cidadão, uma franquia especializada em adestramento e em comportamento animal.
Juliana explica que até os três meses de idade os cachorros estão na fase conhecida como "janela de sociabilização". É durante esse período que os bichos devem ser levados a conhecer pessoas diferentes, outros animais e o máximo de situações possíveis, como passear na rua e no parque. Nada de deixar o filhote trancado em casa!
Mas, e com o animal já crescido, como ter certeza de que ele está com medo? As orelhas baixas, o olhar alerta e a postura curvada são as características mais aparentes em um cão. Porém, outros sinais, como latidos e agressividade, também podem denunciar que o pet está se sentindo ameaçado. É preciso observar e procurar uma avaliação profissional para ajudar em um diagnóstico, se for o caso.
Como lidar?
Fim de ano, festa de réveillon, muita música e barulho: quem nunca viu um pobre cãozinho correr apavorado para baixo da mesa ao ouvir os estalos dos fogos de artifício? Como nem todas as situações que provocam pânico nos peludos podem ser evitadas pelos tutores, há alguns truques que ajudam a minimizar o nervosismo dos pets.
Neste caso específico, a adestradora Juliana Yuri ensina a preparar um cômodo isolado, com outro som familiar em volume mais alto (televisão, por exemplo), que ajude a abafar o barulho dos fogos de artifício. Outra dica é distraí-lo com atividades ou alimentação. Também é legal levá-lo para brincar durante o dia, para que à noite o animal esteja mais cansado e menos alerta.
Mas atenção para o perigo: nunca force o cãozinho a nada! Se por acaso o bicho fugir e se esconder em algum lugar inadequado, como em cima do sofá, por exemplo, gritar e obrigá-lo a sair é ainda pior.
"Reações extremas dos tutores podem reforçar ainda mais a percepção do animal de que aquela é um episódio de ameaça", acrescenta Juliana. A especialista só reforça a ideia de que jeitinho e carinho são sempre as melhores opções. E se o medo persistir, não hesite um buscar socorro com veterinários e adestradores.
Um comentário:
AS cachorras aqui em casa não são muito medrosas não!bjs
http://soltandooosbichos.blogspot.com.br/
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