Nome Científico: Callicebus coimbrai
Família: Pitheciidae
Ordem: Primates
Distribuição: Mata Atlântica do Sergipe e Norte da Bahia.
Alimentação: Alimenta-se basicamente de frutos, mas completa a sua dieta com folhas e insetos. Gasta, em média, 75% do seu tempo com a alimentação.
Reprodução: Os casais geram apenas um filhote a cada ano. A gestação dura, em média, quatro meses.
Este pequeno primata, que pesa entre um e dois quilos na fase adulta, foi descoberto por pesquisadores em 1999, também é conhecido por guigó-de-coimbra-filho. Apesar da recente identificação, seu estado de conservação, de acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), é crítico. Dos 125 fragmentos de mata em que foi registrado, em 14 já é considerado extinto.
O guigó é uma espécie endêmica da Mata Atlântica sergipana e do norte da Bahia. Em outras palavras, vive apenas em fragmentos de florestas úmidas destas regiões.
Formam pequenos grupos, com dois a seis indivíduos. Geralmente eles são compostos por um casal monogâmico e sua prole imatura. Quando os filhotes atingem a maturidade sexual, que ocorre entre o segundo e quarto ano de vida, deixam seus grupos natais e muitas vezes emigram para novas áreas. Cada casal é fortemente unido, além de ser territorialista. Os hábitos são diurnos e arborícolas. Ou seja, raramente descem ao solo.
A vocalização potente é uma das características marcantes desta espécie. Os “gritos” são emitidos pelo casal dominante do grupo, geralmente logo ao amanhecer. Os sons têm a função de demarcar o território. Quem “fala” mais alto ganha. A intenção é evitar os confrontos físicos, que ficam como último recurso na disputa pelo espaço. Vale lembrar que os cantos dos guigós, por vezes, são confundidos com o das aves.
Considerado de porte médio, este primata alcança até 39 centímetros e a cauda chega a um terço do comprimento. A coloração da testa e orelhas é preta. Já o corpo é bege acinzentado e a cauda alaranjada.
Pelo fato de ser pequeno e “com pouca carne”, a caça deste animal é considerada rara. Além disso, não são registrados casos de criações ilegais do guigó como animal de estimação, pois são atribuídas à espécie hábitos de “estripulias”, como em demais espécies de macacos. Por este motivo, a destruição das matas é mesmo a principal ameaça ao guigó.
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